terça-feira, 20 de setembro de 2011


Demarcada como uma das mais extensas rebeliões deflagradas no Brasil, a Revolução Farroupilha contou com uma série de fatores responsáveis por esse conflito que desafiou as autoridades imperiais. Durante o Primeiro Reinado e Regência, vários impostos impediam a ampliação dos lucros dos fazendeiros sulistas em consequência do encarecimento do preço final do charque gaúcho. Não bastando os entraves tributários, a concorrência comercial dos produtos da região platina colocou a economia pecuarista gaúcha em uma situação insustentável. Inconformados com o descaso das autoridades imperiais, um grupo liderado pelo General Bento Gonçalves exigiu a renúncia do presidente da província do Rio Grande do Sul. O governo imperial não aceitou. Então, em setembro de 1835 os revolucionários venceram as tropas imperiais e proclamaram a República de Piratini ou República Rio-Grandense. O movimento cresceu e juntaram-se a ele novas lideranças na região de Santa Catarina para fundar a República Juliana. Dessa vez, melhor preparadas, as tropas imperiais conseguiram fazer frente aos revoltosos liderados por David Canabarro e Giuseppe Garibaldi. Sob a liderança do Duque de Caxias, as forças imperiais valendo-se da crise econômica instaurada na região buscaram uma trégua aumentando as taxas alfandegárias sobre o charque estrangeiro. Em 1845, depois da derrota Farroupilha para as forças imperiais na Batalha de Porongos foi negociada a paz com um acordo denominado Ponche Verde no qual foi concedida anistia geral aos revoltosos, saneamento das dívidas dos governos revolucionários e a libertação dos escravos que participaram da revolução.

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