Filho, faça o que eu faço!

No Brasil, aproximadamente 15 milhões de pessoas com mais de 15 anos são analfabetas. Esta realidade interfere diretamente no desempenho escolar de crianças e Jovens. Segundo o Projeto Atenção Brasil da Universidade de São Paulo que, pela primeira vez, analisou o desempenho e comportamento escolar de filhos de pais analfabetos ou que não terminaram o Ensino Fundamental o cenário é alarmante. Estas crianças ou jovens têm chance até 480% maior de ter baixo desempenho escolar ou evadir-se da escola, quando comparados a filhos de pais com Ensino Médio completo. A explicação para essa influência está no estímulo que as crianças recebem dentro de casa: “Nossos filhos se espelham em nós. Como querer que um filho estude e cobrar isso dele, se os pais não o fizeram? Nossos filhos nos copiam. Não dá para exigir que um filho leia, se os pais não lerem" afirma Marco Antônio Arruda. Sem estímulo em casa para a cultura e o saber, os filhos apresentam maior dificuldade para crescer pessoal e profissionalmente. Mauro de Almeida, neurologista e pesquisador, que participou desta pesquisa afirma: “A escolarização dos pais é um fator fundamental para a educação dos filhos. Pessoas com pouca escolaridade, agravada pela problemática econômica e social, tendem a ter uma família que reflete essas mesmas características”. Para evitar que o baixo grau de instrução dos pais interfira na educação dos filhos cabe a estes buscarem formação e informação para fazer com que os filhos entendam a importância da escola. Um filho com dificuldades escolares ou desinteresse nos estudos ao perceber o esforço dos pais em retomar ou começar os estudos melhora seu desempenho. É como se dissesse: se meus pais mais velhos, trabalhadores e tão ocupados podem, então eu também posso! Por isso convidamos vocês Jovens e Adultos de qualquer idade para procurar o CEJA e se alfabetizar através do Programa Brasil Alfabetizado que está com inscrições abertas e prosseguir seus estudos. Seu futuro e o de seus filhos agradece.