Existe uma situação compartilhada pelas escolas do mundo todo e que nos é bastante familiar: o estudo da matemática causa medo, sofrimento e repudia a muita gente. Esse é um assunto muitas vezes evitado porque causa infelicidade e verdadeiro pavor em alguns alunos. Na Educação de Jovens e Adultos – EJA, inclusive já foi identificado que muitos alunos deixam a disciplina para ser cursada por último e em certos casos o sofrimento é tamanho que chega a ser motivo de evasão. Em geral até o 4º ano do Ensino Fundamental os conteúdos são muito concretos, pois aprendemos com auxílio de materiais (tampinhas, feijões, etc...) e baseados no dia-a-dia. Já a partir do quinto ano é dado início à abstração ficando o aprendizado mais difícil, com a inserção de equações, trigonometria, geometria, etc. É aí que começam ou se agravam os problemas. Se o aluno não teve a parte concreta bem construída, terá dificuldades para compreender as questões abstratas. Mas é preciso ter em mente que reclamar não soluciona o problema, a matemática está presente em tudo, até em coisas que nem imaginamos, como na música por exemplo. Sendo assim, é preciso desmistificar desde os primeiros anos de escola nas atividades lúdicas do maternal, os mistérios dessa maravilhosa ciência. Mais tarde já na fase de escolarização básica precisamos estar atentos para identificar alunos que tenham mais facilidade na disciplina e colocá-los como ajudantes, monitores, para auxiliar colegas com maior dificuldade, diversificar bastante os exercícios também contribui para aprendizagem. Outro “detalhe” importante, jamais mencionar ou aceitar a afirmação de que homens (meninos), aprendem matemática com mais facilidade do que as mulheres (meninas), é comprovado, não passa de mito!
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